sábado, 6 de agosto de 2011

Pela primeira vez na história, nota da dívida americana é rebaixada

É um assunto que diz respeito a todos, afinal estamos todos sobre a mesma "bola".

Vivemos tempos de cautela e devemos, como o beija flor ao tentar apagar o fogo da floresta com  o próprio bico e sua mínima capacidade de transportar água. Com isto, contribuir de maneira positiva e tentar fazer um mundo melhor na superfície deste lindo planeta azul, mesmo parecendo uma batalha inglória na sua aparência.  














Não somos movidos pela economia, mas esta, ainda, tem controle sobre todos.



As notícias retiradas do Jornal A Folha de São Paulo de hoje e
 
 Um Site Provedor

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A agência de classificação de risco S&P rebaixou a nota da dívida americana para AA+ devido aos riscos políticos e ao peso da dívida americana em relação ao PIB (Produto Interno Bruto).
Mais cedo nesta sexta-feira, já havia rumores de que a nota americana, que era AAA desde 1917, seria rebaixada. Mas a agência teria segurado a divulgação do "downgrade" porque funcionários do Tesouro americano encontraram erros na análise do S&P sobre a receita do governo e a situação do deficit.
Segundo o comunicado, o rebaixamento reflete "nossa opinião [da S&P] que o plano de consolidação orçamentária que o Congresso aprovou recentemente fica aquém do que, na nossa visão, é necessário para estabilizar a dinâmica do débito do governo a médio prazo".
A disputa entre os partidos --Democrata e Republicano-- sobre a política fiscal americana também deixou a agência pessimista sobre a capacidade dos EUA conter o deficit.
A perspectiva da nova classificação é negativa, afirmou a S&P em comunicado, um sinal de que outro rebaixamento da nota é possível nos próximos 12 a 18 meses.
A nota da dívida americana pode ser rebaixada para "AA" caso haja menos redução de gastos do que o previsto, taxas de juros mais elevadas ou aumento da trajetória da dívida maior do que o esperado.
O rating AAA permitia que o país tomasse emprestado recursos a uma taxa de juros mais baixa, pois governo é considerado estável, e seus títulos são tidos como seguros.
Agora, os títulos do Tesouro dos EUA, uma vez vistos como o investimento mais seguro do mundo, estão classificados abaixo de títulos emitidos por países como Reino Unido, Alemanha, França ou Canadá, conforme a "Reuters".
Em tempos de crise, investidores vendem suas ações em mercados emergentes, como o Brasil, e procuram abrigo em títulos seguros.

Recessão

Ontem, por exemplo, os mercados tiveram um dia bastante nervoso e elevaram o receio de que a economia mundial entre em novo período de recessão. As Bolsas caíram na Ásia, na Europa e nas Américas --a de São Paulo teve um dos piores desempenhos no mundo, perdendo 5,72%, a maior queda desde novembro de 2008.
Por isso, investidores se desfizeram de ações e buscaram proteção no Tesouro americano. Apesar da discussão sobre o calote da dívida americana, os títulos dos EUA continuavam a ser os mais confiáveis, já que não havia outro papel que tivesse a mesma liquidez e outras grandes economias também enfrentam problemas.
O "downgrade" deve empurrar os mercados financeiros globais para um território desconhecido depois de uma semana volátil devido às preocupações sobre a crise da dívida na Europa -- que atinge agora Espanha e Itália -- e sobre a possibilidade de dupla recessão da economia dos EUA.

Bolsas

Nesta sexta-feira, mais de 15,9 bilhões de papéis trocaram de mãos no dia com maior giro financeiro em mais de um ano, à medida que investidores se voltaram para ações de grandes empresas que haviam desvalorizado nos últimos dias, quando o mercado acionário registrou perdas expressivas.
O intenso movimento de vendas nesta semana reflete a frustração com o lento crescimento econômico e a falta de habilidade de políticos em solucionar os crescentes problemas sobre a alta dívida pública na Europa e Estados Unidos.
Os efeitos reais do rebaixamento só poderão ser sentidos quando as bolsas asiáticas abrirem na segunda-feira no horário local (noite de domingo no Brasil).
Outras agências de rating -- como a Moody's e a Fitch -- decidiram não rebaixar a nota americana. No entanto, alertaram que se os EUA não tomarem medidas adicionais para estagnar o débito, também poderão rebaixar a nota da dívida americana.

China critica EUA pela crise da dívida e exige garantias

 China, principal credora dos Estados Unidos e com 70% de suas reservas em moeda estrangeira em dólares, criticou duramente o governo americano depois que a agência de classificação de riscos Standard & Poor's rebaixou a dívida americana nesta sexta-feira (...). Com US$ 1,16 trilhão em bônus do Tesouro dos Estados Unidos e US$ 3,2 trilhões de reservas em moeda estrangeira em dólares, a queda da dívida americana de AAA - a máxima qualificação possível - para AA+ gerou um forte mal-estar em Pequim.
A agência oficial chinesa Xinhua publicou neste sábado um duro editorial no qual assegura que a decisão da Standard & Poor''s é "uma fatura que os Estados Unidos devem pagar por sua própria dependência quanto ao endividamento e por suas brigas políticas sem visão de futuro em Washington".
"A China tem todo o direito agora de reivindicar aos Estados Unidos que corrijam os erros estruturais de sua dívida e garantam a segurança dos ativos em dólares da China", afirmou a Xinhua. Ao mesmo tempo, reivindicou "supervisão internacional" sobre a moeda americana, e foi além, ao propor como alternativa ao dólar "uma nova moeda de reserva estável e assegurada em nível global" para evitar a dependência mundial da divida dos EUA.
Há alguns dias, Chen Daofu, diretor do Centro de Pesquisas Políticas do Conselho de Estado da China, advertiu da necessidade de buscar alternativas de investimento para as reservas chinesas, e avaliou que mudar a composição destas "é um desafio crucial para os conselheiros políticos em Pequim".
Com relação ao futuro, a Xinhua assinalou que se não houver cortes na "gigantesca despesa militar" e nos custos do novo sistema de previdência social universal disposto por Barack Obama, a Standard & Poor's pode diminuir ainda mais a qualificação da dívida americana.
Ainda assim, o economista-chefe do Centro de Informação Estatal da China, Jianping Fan, considerou que o endividamento americano afetará principalmente os mercados financeiros, e, só em segundo plano, o comércio. O analista prevê uma queda nas exportações do país asiático, porém mais ligada aos problemas da Europa que aos indicadores americanos.

Que os homens que controlam, tenham sabedoria!









 

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