segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Merkel encerra viagem à China lamentando situação dos direitos humanos no país

Deutsche Welle


A premiê alemã. Angela Merkel. encerrou sua visita à China expressando otimismo sobre as relações de Berlim com Pequim, embora tenha lamentado a situação dos direitos humanos na potência asiática. 
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, declarou neste sábado (04/02) que as relações da Alemanha com a China melhoraram nos três dias de conversações bilaterais de alto nível, mantidas durante sua visita ao país asiático. Entretanto ela lamentou que Pequim tenha proibido um proeminente ativista chinês de direitos civis de se encontrar com ela. 
Delegação alemã levou lista de 
20 perseguidos políticos chineses 
A viagem foi focada nas relações comerciais e no apoio financeiro chinês para a Europa, diante da crise da dívida da zona do euro. Mesmo assim, a chefe de governo levantou a questão das condições dos direitos humanos na China. "Falamos sobre a situação geral dos direitos humanos", ressaltou. "A questão do Tibete também foi citada como um dos muitos assuntos que certamente nos preocupam."
A delegação alemã entregou uma lista de 20 casos de ativistas dos direitos civis perseguidos. Merkel disse lamentar que o advogado Mo Shaoping, que defendeu dissidentes na China, tenha sido impedido por Pequim de participar de uma reunião com ela na embaixada alemã.

"Acho que um país como a China, com tanta vitalidade e dinâmica de crescimento, também deve acreditar que pessoas são necessárias para fortalecer a sociedade civil com a sua vitalidade e força de convicção", disse a chanceler alemã.

"Dois motores mundiais"

A mídia estatal chinesa disse que as discussões com as lideranças chinesas – incluindo o premiê Wen Jiabao e o presidente Hu Jintao – haviam mostrado que "os dois motores mundiais de crescimento estão juntos à frente da luta contra a recessão".
Wen Jiabao lembrou que a China pretende contribuir para o fundo de resgate da zona do euro, mas não citou uma quantia. "O que é novo é que a China está disposta a ajudar o mecanismo de resgate europeu", disse Merkel. Ela acrescentou que investimentos chineses são bem-vindos, e garantiu a Pequim que as empresas chinesas têm pleno acesso aos mercados alemão e europeu.
"No entanto, em contrapartida, esperamos ter [para as empresas alemãs] as mesmas condições de acesso que as empresas chinesas têm no mercado chinês", disse Merkel. O premiê chinês estima que o comércio bilateral entre Alemanha e China deve crescer dos 169 bilhões de dólares em 2011 para cerca de 200 bilhões de dólares.

MD/ap/dpa
Revisão Augusto Valente



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