terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ângela Merkel nega a insolvência da Grécia

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Folha de São Paulo


Chanceler alemã - Sra. Ângela Merkel


A chanceler alemã, Ângela Merkel, rejeitou taxativamente as especulações sobre uma possível declaração de insolvência por parte da Grécia e criticou quem, entre seus parceiros na coalizão governamental, alimentaram essa possibilidade.
"Acho que o melhor favor que podemos fazer à Grécia é não especular, mas encorajá-la a cumprir os compromissos que adquiriu", afirma Merkel em entrevista transmitida nesta terça-feira pela emissora pública RBB Inforadio.
De acordo com a chanceler, é necessário "fazer o possível para manter unido o entorno do euro, já que poderia ocorrer um rápido efeito dominó e processos incontrolados" que ameaçam a estabilidade da moeda única.
"Por isso, o primeiro mandamento deve ser evitar uma insolvência incontrolada, já que isso não afetaria só a Grécia, mas existe o grande perigo de afetar todos, pelo menos alguns países", advertiu Merkel.
A chanceler e líder da União Democrata-Cristã (CDU) ainda incentivou o país heleno a cumprir seus deveres e assegurou que "a Grécia sabe muito bem o que deve fazer".
"Todos devem medir agora suas palavras com precaução. O que não precisamos é de nervosismo nos mercados financeiros. A insegurança já é grande demais", comentou Merkel.
Com dificuldade de refinanciar sua dívida, a Grécia vive uma forte crise fiscal, com risco de suspender o pagamento a seus credores e arrastar a Europa para uma crise semelhante à de 2008. Diversos bancos internacionais possuem títulos da dívida grega, por isso um eventual "default" naquela economia tem potencial para atingir o coração do sistema financeiro global.


Um pouco sobre a Sra. Ângela Merkel

Ângela Merkel é  filha de um pastor protestante e nasceu em Hamburgo em 1954. Viveu desde que tinha poucos meses na RDA sob  os rigores do regime comunista e não foi uma dissidente. Foi uma  militante da Juventude Alemã(comunista), e também , estudande de física na Universidade de Leipzig, onde se doutorou em 1986.

Pesquisadora da Academia de Ciências da RDA e não ingressara na política até queda do Muro de Berlim em 1989. A partir daí foi: ministra da Juventude e Familia(1990-1994) e do Meio Ambiente e Natureza(1994-1997), exímia colaboradora do Chanceler Helmut Kohl. Quando findou o mandato do Sr. Kohl, foi para Secretaria Geral (1998) e tornou-se presidente do partido, cargo para o qual foi eleita em 10 de Abril de 2000.

Os críticos alemães destacam que, no seio da União Democrata Cristã(CDU), dominada por dirigentes católicos das regiões ocidentais, Merkel mostrou uma tenacidade admirável na luta pelo poder desde que foi eleita Secretária Geral em 1998.
Durante o escândalo  que sacudiu o partido devido - donativos ilegais(as caixas dois), que levou o sucessor de Khol á presidência do partido,Wolfgang Schäuble, Sra. Merkel teve sua opinião ouvida mesmo com o  respeito de tinha por seu mentor político. Censurou Khol em um artigo destaque na imprensa, onde afirmava ser necessário um novo impulso para libertar o partido da pesada herança.


Em 1989, Sra. Ângela Merkel se  juntou ao crescente movimento democrático originado pela Queda do Muro de Berlim e se uniu novo partido "Demokratischer Aufbruch". Nas primeiras eleições democráticas na RDA, se tornou a vice-porta-voz do novo governo de Lothar de Maiziére. Participou também, nas primeiras eleições da Reunificação Alemã, de onde saiu nomeada Ministra para a Mulher e Juventude no governo do Chanceler Federal Helmut Khol, em Dezembro de 1990.
Em 1993, é designada presidente regional da CDU na Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. Em 1994, foi nomeada Ministra do Meio Ambiente e Segurança Nuclear.
A carreira política de Ângela Merkel foi tutelada pelo Chanceler Helmut Khol, que a chamava carinhosamente de mein Mädchen (a minha Menina).


Quando o governo de Khol foi derrotado nas eleições federais de 1998, a Sra. Merkel foi designada Secretária Geral da CDU. Sob seu comando, a CDU obteve uma série de vitórias para a democracia cristã em seis das sete eleições provinciais que aconteram até 2002, rompendo a maioria da coligação vermelha e verde(social-democratas e verdes) no Bundesrat, a Câmara-alta do Parlamento Alemão.
Como resultado de um escândalo de financiamento ilegal do seu partido, que comprometia vários dos seus líderes(entre eles o próprio Khol e o então presidente do partido, Wolfgang Schäuble, que Khol elegeu a dedo), Merkel ganhou força. Criticou o seu antigo mentor, Khol, e pediu uma renovação da CDU, que deveria começar por prescindir do ex-chanceler. Deste modo, Schäuble foi destituído e foi a própria Merkel quem o substitui á frente da CDU, sendo a primeira mulher a ocupar esse posto. Em Novembro de 2001, apesar do seu compromisso de "limpar" o partido, aconteceram novas investigações sobre o financiamento ilegal. A eleição de Merkel, em 10 de Abril de 2000, foi uma surpresa: as suas características e crenças não encaixavam no partido onde tinha conseguido a liderança. Merkel pertence á maioria portestante do Norte da Alemanha, e a CSU é um partido de profundas raízes católicas, dominado por homens, conservadores e originário do Sul da Alemanha.Em 2003, Ângela Merkel criticou o governo por não ter contribuído para evitar a Invasão ao Iraque, segundo ela, era mais justo aplicar sanções contra o governo do líder iraquiano Saddam Hussein.



Em 22 de Novembro de 2005, o Bundestag elegeu Merkel, Chanceler da Alemanha com a maioria dos votos da grande coligação. É a primeira mulher que ocupa a chancelaria e a primeira a governar a Alemanha desde os tempos da Imperatriz Teófano Skleraina (956-991), e a primeira pessoa da antiga RDA a governar a chancelaria da Alemanha unificada.


Em 27 de Setembro de 2009, Merkel ganhou as eleições sendo a candidata mais votada.



Em 30 de Maio de 2005, Ângela Mrrkel foi eleita candidata pela CDU/CSU para a Chancelaria federal. Para concorrer pcontra o Partido Social Democrata da Alemanha (SPD) de Schröder em 2005.
Em matéria de política externa, o Governo de Ângela Merkel se tem mostrado favorável ao fortalecimento da aliança transatlântica com a América do Norte, assim como a um aumento dos intercâmbios com a Ásia Central.
No compromisso assumido pela coligação governamental, a Sra. Ângela Merkel se comprometeu a respeitar o fechamento de centrais nuclerares do país antes de 2020, promessa do governo anterior.

Desde Novembro de 2007, o cargo de vice-chanceler é ocupado pelo Ministro do Exterior, Frank-Walter Steinmeier. O cargo foi confirmado pelo líder do SPD, Kurt Beck, depois de uma reunião da cúpula do partido. Nesse mesmo mês, Merkel obteve a sua maior quota de popularidade justamente quando se cumpria a metade do seu período á frente do governo.

Antes de 2004, Merkel se opunha à entrada da Turquia, na União Europeia(UE) como membro de pleno direito, compartilhando com a opinião da maioria dos alemães, que não queriam a adesão da Turquia à UE, sobretudo, por receio do aumento da imigração turca na Alemanha, que corresponderia a um aumento da influência islâmica no país e por sua vez, na União Europeia. Contudo, antes do inicio formal das negociações entre a UE e a Turquia, e uma vez no governo, Merkel se comprometeu a respeitar os compromissos adquiridos pelas instituições europeias da União.




Em Junho de 2007, no final do seu período na Presidência da União Europeia  consegue aprovar o acordo que deu origem ao Tratado Europeu de Lisboa que substituiu a falida Constituição Europeia. Assim na cerimônia, que firmou o Tratado, em dezembro de 2007, o Presidente do Conselho e da Comissão reconheceram que, sem a sua intervenção não teria sido possível fechar o Tratado. Pela sua contribuição neste processo, Merkel recebeu o Prêmio Carlos Magno para o europaísmo na sua edição de 2008.

Como Chanceler, Ângela Merkel tem se mostrado partidária da criação de um exército europeu de carácter permanente, se opondo, por sua vez, da criação de uma Europa "federal". Merkel acredita que a União Europeia não conseguiu estabelecer interesses comuns "para as guerras comerciais do futuro", agora que se forçou alcançar o objetivo comunitário de manter a paz e a liberdade durante a Guerra Fria. "Isto é o que a Europa necessita, e não somente em se preocupar: se as ciclovias construídas em Portugal são semelhantes às costruídas na Alemanha".




Desde 2003 e em grande parte como consequência da sua posição em comum contra a invasão do Iraque, o Eixo Franco-Alemão iniciou uma paulatina aproximação da Rússia, adotando posturas conjuntas em vários aspectos da política internacional e o fortalecimento ao desenvolvimento das relações econômicas, principalmente nos delicados assuntos do fornecimento de hidrocarbonetos russos à União Europeia e à participação do estado russo no consórcio EADS.

Enquanto as históricamente e conflituosas relações entre a Alemanha e a Polônia, Merkel e o primeiro ministro polaco, Donald Tusk, querem abrir um novo capítulo nas suas relações.
Alguns analistas da imprensa europeia tem comparado Merkel com a ex-Primeira Ministra Britânica Margaret Thatcher, em função de que são mulheres de partidos de direita e científicas de formação. Também se tem referido a ela como a Dama de Ferro, como foi feita a Tahtcher. Contudo, muitos analistas políticos veem poucas semelhanças entre a ideologia radical de Thatcher e a mais moderada de Merkel. Os seus partidários a chamam de Angie de forma afetuosa. - Anjo


A Sra. Ângela Merkel além do alemão, domina os idiomas: russo e inglês e adorna o seu escritório particular com uma imagem da czarina de origem alemã:  Catarina a Grande.

É considerada pela revista Forbes - 
 a mulher mais poderosa do mundo.


O ponto mais frágil de uma corrente está localizado no elo mais fraco.
O momento de construir o elo é sempre no presente, mediante certos cuidados.





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